Feira da Reforma Agrária oferece alimentos produzidos por acampamentos

O Parque Estadual da Água Branca, zona central da capital paulista, recebe a partir desta quinta-feira (8) a 5ª Feira Nacional da Reforma Agrária, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O evento deve reunir até o próximo domingo (11) 300 mil pessoas, com atividades artísticas, políticas e culturais e a oferta de mais de 1,8 mil tipos de alimentos diferentes, produzidos por acampamentos e assentamentos de todo o país. Ao todo, serão cerca de 500 toneladas de alimentos, entre in natura e processados. Este ano, inclusive, os visitantes poderão experimentar 11 agroindustrializados que serão novidades dos feirantes e também 100 pratos preparados no âmbito da Culinária da Terra. Notícias relacionadas:Violência no campo: 2024 teve recorde de ameaças de morte.Jornada de lutas pela reforma agrária organizou 55 ações no país.Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, disse que o evento completa uma década sendo uma expressão da luta do movimento. Segundo ela, a feira, que resulta do esforço de mais de 2 mil membros do MST, entre feirantes, articuladores e equipes de trabalho, também serve como espaço de argumentação a favor dessa mobilização. Outra função da feira, segundo a líder, é a de ser um portal de conhecimentos sobre o que é alimento saudável e nutritivo de fato e o que é agroecologia. Para Débora, dentro da discussão sobre a segurança alimentar, é necessário se assimilar uma compreensão básica, a de que "bens comuns da natureza não podem ser comercializados". "O acesso à terra, a reforma agrária não podem e nem devem ser assunto, demanda apenas dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. A realização da reforma agrária impacta o conjunto da sociedade, sobretudo, quem vive na cidade, porque o êxodo rural, a expulsão de famílias do campo deságua na cidade", observou ela, em coletiva de imprensa.  Programação De acordo com a organização da feira, a programação artístico-cultural contará com 253 artistas de assentamentos e acampamentos e mais de 30 apresentações. Outro destaque são as doações de 25 toneladas de alimentos produzidos pelos camponeses e que serão distribuídos entre pelo menos 50 entidades da capital paulista.  Uma outra remessa de doação será a de sementes, que serão enviadas na esfera do plano nacional do MST Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis. Quem comparecer à feira irá se deparar com um ambiente de fraternidade e generosidade, assegura Márcio Santos, também da coordenação nacional do movimento. Ele argumenta que solidariedade é um princípio intrínseco a tudo que gira dentro do MST, que defende a proposta de se ter um modelo alternativo de produção, caracterizado, entre outras coisas, pelo comércio justo e a defesa dos biomas. "Aqui vão encontrar vida, dignidade, fartura. Comida em abundância, sucos em abundância. Isso representa, na verdade, a produção camponesa. Temos uma mostra de um outro tipo de agricultura, que estamos propondo, que é baseada na matriz da agroecologia, que é todo um contexto, que é a biodiversidade, como a gente chama", explica.  Serviço 5ª Feira Nacional da Reforma Agrária De 8 a 11 de maio, das 8h às 21h Parque da Água Branca, São Paulo - SP

Mai 8, 2025 - 16:00
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Feira da Reforma Agrária oferece alimentos produzidos por acampamentos

Logo Agência Brasil O Parque Estadual da Água Branca, zona central da capital paulista, recebe a partir desta quinta-feira (8) a 5ª Feira Nacional da Reforma Agrária, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O evento deve reunir até o próximo domingo (11) 300 mil pessoas, com atividades artísticas, políticas e culturais e a oferta de mais de 1,8 mil tipos de alimentos diferentes, produzidos por acampamentos e assentamentos de todo o país.

Ao todo, serão cerca de 500 toneladas de alimentos, entre in natura e processados. Este ano, inclusive, os visitantes poderão experimentar 11 agroindustrializados que serão novidades dos feirantes e também 100 pratos preparados no âmbito da Culinária da Terra.



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Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, disse que o evento completa uma década sendo uma expressão da luta do movimento. Segundo ela, a feira, que resulta do esforço de mais de 2 mil membros do MST, entre feirantes, articuladores e equipes de trabalho, também serve como espaço de argumentação a favor dessa mobilização.

Outra função da feira, segundo a líder, é a de ser um portal de conhecimentos sobre o que é alimento saudável e nutritivo de fato e o que é agroecologia. Para Débora, dentro da discussão sobre a segurança alimentar, é necessário se assimilar uma compreensão básica, a de que "bens comuns da natureza não podem ser comercializados".

"O acesso à terra, a reforma agrária não podem e nem devem ser assunto, demanda apenas dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. A realização da reforma agrária impacta o conjunto da sociedade, sobretudo, quem vive na cidade, porque o êxodo rural, a expulsão de famílias do campo deságua na cidade", observou ela, em coletiva de imprensa. 

Programação

De acordo com a organização da feira, a programação artístico-cultural contará com 253 artistas de assentamentos e acampamentos e mais de 30 apresentações. Outro destaque são as doações de 25 toneladas de alimentos produzidos pelos camponeses e que serão distribuídos entre pelo menos 50 entidades da capital paulista. 

Uma outra remessa de doação será a de sementes, que serão enviadas na esfera do plano nacional do MST Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis.

Quem comparecer à feira irá se deparar com um ambiente de fraternidade e generosidade, assegura Márcio Santos, também da coordenação nacional do movimento. Ele argumenta que solidariedade é um princípio intrínseco a tudo que gira dentro do MST, que defende a proposta de se ter um modelo alternativo de produção, caracterizado, entre outras coisas, pelo comércio justo e a defesa dos biomas.

"Aqui vão encontrar vida, dignidade, fartura. Comida em abundância, sucos em abundância. Isso representa, na verdade, a produção camponesa. Temos uma mostra de um outro tipo de agricultura, que estamos propondo, que é baseada na matriz da agroecologia, que é todo um contexto, que é a biodiversidade, como a gente chama", explica. 

Serviço

5ª Feira Nacional da Reforma Agrária

De 8 a 11 de maio, das 8h às 21h

Parque da Água Branca, São Paulo - SP

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